quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Dia 8 de setembro será decisivo para pastor Yousef Nadarkhani

Dia 8 de setembro será decisivo para pastor Yousef Nadarkhani

Em menos de duas semanas, o cristão Yousef Nadarkhani enfrentará novo julgamento no Irã. Marcado para o dia 8 de setembro, a corte deve recebê-lo após mais de 1.060 dias em que ele esteve na prisão por nenhuma outra razão se não sua fé em Jesus Cristo – uma prisão que viola a própria Constituição iraniana.

Em sua convocação mais recente aos tribunais iranianos, o pastor Yousef Nadarkhani, 35 anos, foi intimado a comparecer à corte para enfrentar as "acusações feitas contra ele".

A referência evasiva à acusação de apostasia de Nadarkhani, questionada internacionalmente, é recebida com "nenhuma surpresa" por Jordan Sekulow, conselheiro executivo do American Center for Law and Justice, ACLJ, que acompanha o caso desde o início.

"O Irã tem tentado repetidamente confundir a comunidade internacional, alegando que o pastor Yousef não é nada mais do que um criminoso comum. O que acontece é que se o Irã tiver sucesso mascarando o caso de Yousef, o mundo vai parar de gritar por sua libertação", disse Sekulow ao The Christian Post via e-mail, no dia 16 de agosto.

"Depois que conseguimos tornar público o veredito de tribunais tradicionalmente secretos, no qual o pastor Yousef foi julgado e condenado apenas por ter se convertido ao cristianismo, o Irã teve de voltar atrás em suas mentiras", acrescentou.

Na intimação judicial, Nadarkhani é convocado a comparecer à audiência de 8 de setembro, às 9h, horário local.

O pastor que, inicialmente recebeu uma sentença de execução sob a acusação de apostasia, permaneceu na prisão por 1.060 dias, situação que, de acordo com o ACLJ, viola a própria Constituição iraniana.

"A detenção indefinida e arbitrária do pastor Yousef, por quase três anos, viola o artigo 9º do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, do qual o Irã é obrigado a seguir", disse Sekulow ao CP.

"As próprias leis do Irã exigem que o Judiciário emita sua decisão por escrito no prazo de dez dias após a audiência, realizada em setembro de 2011. Sua incapacidade de fazê-lo significa o seu total desrespeito ao Estado de Direito", continuou Sekulow. "O Irã também parece ignorar que o caso de Yousef tenha causado grande dano à reputação do Islã e às relações entre as nações e pessoas de fé em todo o mundo", concluiu.

Como tudo aconteceu

A esposa Pasindedih e os dois filhos do pastor iraniano aguardam por melhores notícias

Yousef Nadarkhani foi preso em outubro de 2009, acusado de apostasia e propagação do evangelho a muçulmanos.

Em setembro de 2011, a agência iraniana de notícias semi-oficial, Fars News, informou que Nadarkhani foi a julgamento por acusações de estupro, extorsão e sionismo.

Documentos do tribunal que vazaram dias depois esclareceram que Nadarkhani foi, de fato, julgado por apostasia; críticos suspeitam que o relatório falho da Fars News não passa de uma tentativa de aliviar a pressão internacional sobre as acusações baseadas na fé e religião de Nadarkhani.

Países, incluindo Grã-Bretanha, Estados Unidos e Brasil, têm se pronunciado a favor da libertação de Nadarkhani.

Embora a intimação judicial mais recente implique na possibilidade de a acusação contra Nadarkhani sobre apostasia ser descartada, Sekulow disse ao CP que não conta com isso.

"Nós não temos nenhuma informação de que o governo absolveu o pastor Yousef da acusação de apostasia, para a qual ele foi condenado à morte. O regime iraniano tem sido repetidamente desonesto no passado. Até vermos Yousef andando livremente, não podemos confiar em nada do que dizem", ressaltou.

Nadarkhani continua na prisão, aguardando a data decidida pela corte; enquanto sua esposa, Fatema Pasindedih, e seus dois filhos, esperam por melhores notícias.

Após passar por prisões em 2006 e 2009, o pastor Yousef foi preso em junho de 2010 sob a acusação de apostasia, liderar igrejas domésticas e proselitismo a muçulmanos. Em setembro do mesmo ano foi condenado por um tribunal regional à morte por enforcamento. Por causa da pressão internacional, a sentença ainda não foi colocada em prática. O Jornal Nacional chegou a repercutir o caso.

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Fonte: Portas Abertas

Veja a reportagem feita pelo Jornal Nacional:http://www.youtube.com/watch?v=XqgP2S6mrKA&feature=player_embedded


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Qual o propósito dos relacionamentos? / A chave para um casamento feliz

A chave para um casamento feliz

"Conectar computadores é um trabalho. Conectar pessoas é uma arte." (Eckart Wintzen)

A maneira como o casal se comunica determinará a qualidade da viagem conjugal. Antes de tudo, aprenda a se comunicar de maneira inteligente. É possível se comunicar sem que haja conexão saudável, mas é uma comunicação ineficiente que não aproxima as pessoas e nem promove a unidade da família. Se preocupar em praticar uma boa comunicação é fazer um investimento de tempo para se ter mais qualidade no relacionamento conjugal e familiar. Sendo assim, qual é a comunicação que leva o indivíduo a uma boa conexão? Podemos chamar de "comunicação inteligente", tema tão bem elaborado por Tiago, bispo de Jerusalém. "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tg 1.19 – grifo do autor). Este versículo é uma síntese do que significa comunicar-se de forma construtiva, inteligente.

Deus deu aos seres humanos "uma boca" e "dois ouvidos", para no mínimo ouvirmos o dobro do que falamos. Isso é comunicação inteligente. Qualquer casal que deseje construir um relacionamento com muita qualidade, precisa desenvolver a arte do ouvir.

Falar de comunicação na convivência a dois é falar de proximidade, comunhão, intimidade. É através da comunicação que o casal procura desfrutar da companhia um do outro, em todos os aspectos possíveis. O texto de Eclesiastes é altamente recomendável quanto a isso: "Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz, os quais Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo trabalho com que te afadigaste debaixo do sol" (Ec 9.9 – grifo do autor).

Não está escrito, briga a vida toda com a mulher que amas; digladie toda a vida com a mulher que amas; guerreia a vida contra a mulher que amas; perturba a vida da mulher que amas. Nada disso. A palavra é "goza"! O que se depreende da palavra gozar? Não se trata somente de sexo (orgasmo), mas de se viver de maneira espontânea e alegre; significa viver a plenitude da vida, viver "gozando a vida" segundo o que foi planejado por Deus.

A maneira como o casal se comunica determinará a qualidade da viagem conjugal.

Em uma viagem longa, feita por um grupo de pessoas, é um fator decisivo saber dialogar, conversar, se comunicar. Sabemos que se o processo de comunicação for comprometido por alguma razão, a viagem estará fadada a ser insuportável, provocando até a desistência de alguns. No casamento não é diferente. Leon Tolstoi, escritor e poeta russo, disse: "A palavra pode unir os homens, a palavra pode também separá-los, a palavra pode servir o amor como pode servir a amizade e o rancor. Livra-te da palavra que pode provocar o ódio".

Para que o casal desenvolva uma comunicação que seja construtiva tornando a viagem conjugal uma experiência maravilhosa, é necessário atentar para alguns pontos importantes:

Primeiro. Construa um ambiente que facilite a comunicação no lar. É preciso bater novamente na tecla de que o casamento não vem pronto, se constrói. Lembre-se, a relação é bem edificada quando fundamentada num ambiente onde há bondade, confiança e abertura. Aprende-se melhor a praticar a arte da comunicação quando esta é aberta, honesta e sem agressões verbais ou físicas. O amor deve ser a motivação maior neste processo de construção do ambiente que favorece a comunicação. O Apóstolo Paulo, escreveu: "Sejam BONDOSOS e compassivos uns com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo." (Ef 4.32 – grifo do autor) Lembre-se, a bondade é o amor em ação. É o amor que me faz bondoso, e a bondade me faz agradável.

Três ingredientes principais da bondade:

Gentileza – Uma pessoa gentil é amável, atenciosa, cortês, delicada, educada e graciosa. Toda mulher espera ter ao lado um homem com esse perfil. Ninguém nasce com essa virtude de caráter, o homem e a mulher aprendem a ser gentis. Todos nós precisamos fazer um exercício diário para desenvolver essa qualidade que nos torna pessoas nobres. Você se considera uma pessoa gentil, dentro e fora do seu lar? Sempre digo nas minhas palestras, trate as pessoas como você gostaria de ser tratado. Lembre-se, gentileza gera gentileza.

Prestabilidade – A melhor definição para prestativo, é: "prontidão para servir". Gosto da frase que diz, "quem não serve, não serve". O casamento ganha muito em qualidade, quando marido e mulher tem um coração servil. Se os casais soubessem que servimos bem a Deus, quando servimos bem ao próximo, teriam menos conflitos em casa e viveriam bem melhor.

O pastor norte americano, Martin Luther King, disse: "Todas as pessoas podem ser grandes porque todas podem servir. Não é preciso ter um diploma universitário para servir. Não é preciso fazer concordar o sujeito e o verbo para servir. Basta um coração cheio de graça. Uma alma gerada pelo amor." Você é uma pessoa sempre pronta para servir dentro e fora do ambiente da sua casa?

Iniciativa – As pessoas bondosas, sempre fazem a diferença onde quer que estejam ou atuem, porque elas são proativas. Elas não esperam serem solicitadas, elas fazem o que tem que ser feito, vão sempre além da obrigação. Conheço esposas e maridos que vivem uma "vida conjugal pequena", porque só fazem aquilo que é obrigação, nada mais. Casais inteligentes sempre estão prontos para agir em favor do casamento, fazendo com excelência aquilo que não foi pedido, mas que é necessário ser feito.

É interessante como comprometimento e iniciativa são como duas asas de um avião. Toda pessoa comprometida tem iniciativa própria em favor daquilo com o qual está comprometido. Podemos dizer que a minha iniciativa demonstra o nível do meu comprometimento. É impossível amar e não estar comprometido, porque o amor automaticamente nos compromete. Quem ama é bondoso e pessoas bondosas tem iniciativa em favor do bem estar da pessoa amada. Lembre-se, a alegria no casamento ainda está ligada ao nível diário de bondade expressada.

A pessoa bondosa é nutridora, por isso sua ausência provoca saudades. Responda com honestidade: Você faz falta? A sua ausência provoca saudade, ou alivio nas pessoas? É bom voltar para casa por sua causa? A nossa resposta a estas perguntas, pode revelar onde é necessário melhorarmos.

Qual o propósito dos relacionamentos?

O propósito dos relacionamentos é nos ajudarmos, mutuamente, a sermos as melhores pessoas que podemos nas áreas: espiritual, emocional, física e material. Todo relacionamento, por mais formal, casual ou duradouro, é uma oportunidade para que ambas as partes avancem rumo ao seu propósito essencial, realizando mais plenamente possível o seu potencial.

O seu propósito essencial é tornar-se um ser humano melhor. Ponha este objetivo no centro da sua vida. O sentido e o propósito de um relacionamento são ajudar, desafiar, incentivar e inspirar um ao outro a se tornar pessoas melhores. Coloque esses componentes no centro de seus relacionamentos, e você irá maravilhar-se ao ver como todo o restante, simplesmente se encaixará no lugar.

Em sua opinião, o que mantém os relacionamentos vivos? A existência de um propósito comum. É ele que nos inspira a respeitar os nossos compromissos. Infelizmente, hoje, muitas pessoas estão vivendo uma crise de compromissos e propósitos. Não sabem por que estão aqui e nem para quê.

A verdade é que todos os relacionamentos – seja na família, no trabalho, na igreja ou no grupo de amizade – têm como base um propósito comum, tendo consciência dele ou não. Em alguns relacionamentos, o propósito comum é uma simples questão de conveniência. Em outros, é o dinheiro, o sexo ou a criação dos filhos. Infelizmente, são poucos os relacionamentos que têm como propósito ajudar um ao outro a se tornar a melhor pessoa que se pode ser.

Prazer, sexo, dinheiro e a própria criação dos filhos são propósitos temporários, enquanto que o propósito essencial é ajudarmos o outro a se tornar uma pessoa melhor. Esse objetivo não deve mudar nunca, muito menos enfraquecer. Se fizermos isso, todas as coisas em nosso viver diário farão sentido.

Quando nos esforçamos para nos tornarmos pessoas melhores e ajudamos outras a fazerem o mesmo, contribuímos para criar no relacionamento um ambiente que nos inspira a desejar ir mais longe. Assim, somos encorajados quando ficamos desanimados, reconfortados nos momentos que falhamos e profundamente alegres ao alcançarmos o sucesso.

Quando compreendemos o nosso propósito essencial, um conjunto diferente de valores torna-se prioritário. Ao iniciarmos um novo ano, o meu desejo é que você sempre se pergunte: "Estou me tornando uma pessoa melhor para mim mesmo e para o meu próximo?"

À medida que você começar a exercitar isso em sua vida, trará naturalmente clareza e direcionamento para todos os seus relacionamentos. Se pergunte todos os dias pela manhã: "Como posso ajudar o meu parceiro ou a minha parceira a se tornar uma pessoa melhor?" Ao encontrar qualquer pessoa durante o dia (no caixa do supermercado, seus filhos, seu pai, sua mãe, seu colega de trabalho, um (a) amigo (a), um parente, um (a) irmão (ã) em Cristo), faça esta pergunta para si mesmo: "Como posso ajudá-lo a transformar-se em uma pessoa melhor?"

Foi isso que o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo veio realizar neste mundo. A partir dos Seus relacionamentos e da Sua vida, Ele esteve na Terra para nos transformar em pessoas melhores. Que neste ano, você tenha como lema da sua vida ser como Jesus Cristo, ou seja, ser uma pessoa que a cada dia torna-se melhor e ajuda aos outros a tornarem-se também.

Estou torcendo por você! Desejo um ano repleto de bênçãos espirituais, emocionais, físicas e materiais. Você é muito amado por Deus e por mim também!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Namorar é para casar, casar é para namorar

A construção de um casamento começa no namoro. Sempre digo nas minhas palestras que namorar é para casar e casar é para namorar. No mês dos namorados (junho), é muito oportuno refletir sobre casamento. Falar de casamento é falar de um modelo adulto de intimidade, de uma espécie de separação (deixa) e união (une-se) que faz parte do modelo adulto da nossa estrutura. Procriação, sobrevivência da espécie, dependência e complementação no outro, fundem-se em um único intuito e conduzem o ser humano através dos tempos a uma economia sócio-comportamental ideal: a família. Segundo o Dr. Carl A. Whitaker, para compreender o que significa casamento, é necessário ter alguma ideia do que é o ser humano, do que é o indivíduo, antes de se unir a alguém e quais são os aspectos funcionais da união. Em sua participação no congresso internacional, realizado pela Sociedade Italiana de Terapia Familiar, em Roma-Itália, ele diz:

"É óbvio pensar que o ser humano sofre de uma deficiência, do ponto de vista biológico: sozinho, não tenho possibilidade de continuar no tempo, sou excluído. Sou um deficiente porque não tenho seios, nem vagina. Não posso me reproduzir. Essa deficiência faz parte do background funcional do intenso desejo pelo outro. Se eliminarmos, por um momento, o instinto de reprodução, perceberemos que o meu problema é ser incompleto. Faltam-me componentes que são parte da minha necessidade biológica. Consequentemente, o que está por trás do casamento é que eu sou um indivíduo em que falta alguma coisa".

Apesar das crises entre os casais, as estatísticas epidemiológicas demonstram que as pessoas casadas vivem melhor, sob qualquer ponto de vista, do que as pessoas divorciadas ou viúvas. Isso vale para o índice de mortalidade, drogas, alcoolismo, estado de defesas imunológicas, número de infartos, câncer, suicídios, etc. Também nas pesquisas sobre satisfação da própria vida, sobre dedicação e sucesso profissional, as pessoas casadas têm resultados melhores do que as pessoas sem parceiros. Diante desta constatação, posso afirmar que o casamento ainda vale a pena.

O casamento pode ser uma das experiências mais gratificantes na vida. Isto porque, casar é decidir amar alguém de forma muito especial e juntos construírem uma história digna de ser contada. Como terapeuta de casais, minha esperança é que as pessoas compreendam que é possível permanecer casado e feliz, basta tomar as decisões certas.

Pr. Josué Gonçalves

Pr. Josué Gonçalves é terapeuta familiar, pastor sênior do Ministério Família Debaixo da Graça - Assembleias de Deus em Bragança Paulista – SP, bacharel em teologia, com especialização em aconselhamento pastoral e terapia de casais, exerce um ministério específico com famílias